Nem Sempre Tudo Sabes Lyrics
- Genre:Hip Hop & Rap
- Year of Release:2021
Lyrics
Nunca esqueci de onde vim
De pobre família mataram-se a trabalhar para ter algo nesta vida
Por isso tu larga essas picas e tardes acompanhadas
Vai pra escola e dedica-te olha que a vida não é fácil
Nem sempre quem tudo sabe, tudo sabe
Ouve! os mais velhos é o melhor que tu fazes
Nem sempre quem tudo sabe, tudo sabe
Ouve! os mais velhos é o melhor que tu fazes
Sei que a vida tá fodida, extenso desemprego na fila
Na corrida pra um trabalho para alimentares a tua filha
Os teus pais, pobres coitados mataram-se em vida
Provavelmente frutos de uma numerosa família
Condição em casa, sempre foi limitada
Vestia-se o que havia, no geral, roupa barata
De louvar é o pão de cada dia
Quente na alma, como uma nota que arrepia
Vais crente, fiel como o líquido sob a tua carne
Eterna pátria, até que o último luso se apague
De ouro é o sonho que move a alma e o corpo
De pano é a corda sempre que sobes para o topo
Vai livre, andorinha, não te atrases como o corvo
Vejo a morte, num cedro que chora as mágoas do Outono
O baloiço das memórias da infância enferruja
Com o futuro numa chávena de café com açúcar
Ainda o sol vai no sono, logo o sonho desvanece
Acordado, já anseias pelo esgotar das sete
Cada segundo um minuto nessa hora tão inerte
Podia jurar que ela não mexe
Não vou com Deus vou com os meus por eles dou a vida
Até que o Inverno me leve a última folha
Eu tou ciente que tudo vai acabar um dia
Como um adulto vazio que já não sonha
Nunca esqueci de onde vim
De pobre família mataram-se a trabalhar para ter algo nesta vida
Por isso tu larga essas picas e tardes acompanhadas
Vai pra escola e dedica-te olha que a vida não é fácil
Nem sempre quem tudo sabe, tudo sabe
Ouve! os mais velhos é o melhor que tu fazes
Nem sempre quem tudo sabe, tudo sabe
Ouve! os mais velhos é o melhor que tu fazes
Vivo morto, recluso, implodo, por dentro
Serei tudo, água, ou nada, veneno
Veremos... Não sinto, ou penso, abraço, envolvo
Humilde, amigo, teimoso? Um pouco
A chuva cobre com lençóis a velha estrada
Acinzentada pela cor da multidão que passa
Quanta tristeza, quanta desgraça
Casa trabalho casa, pra ter um pouco
Pobre sonhador a decolar nunca chegou
Corre o sangue, borbulha, está quente
A vela que há em ti, apaga, acende
A cera não derrete de uma vez
Uns fodem-se à primeira outros esperam pela vez
Bucólico, é certo, contemplo o universo
Sem lhe pensar cenários mais concretos
No fundo, não presto, pois já duvidei de mim
E acredita que eu já acreditei nisso
Nunca esqueci de onde vim
De pobre família mataram-se a trabalhar para ter algo nesta vida
Por isso tu larga essas picas e tardes acompanhadas
Vai pra escola e dedica-te olha que a vida não é fácil
Nem sempre quem tudo sabe, tudo sabe
Ouve! os mais velhos é o melhor que tu fazes
Nem sempre quem tudo sabe, tudo sabe
Ouve! os mais velhos é o melhor que tu fazes
De pobre família mataram-se a trabalhar para ter algo nesta vida
Por isso tu larga essas picas e tardes acompanhadas
Vai pra escola e dedica-te olha que a vida não é fácil
Sei que a vida tá fodida, extenso desemprego na fila
Eterna pátria até que o último luso se apague